The Look.

 

 

 

 

You know what’s funny about me? I’m not looking for a clue that I am not awesome. So, perhaps you might find out that I’m not as awesome as I look, or you might even find out that I am not awesome at all!

And then you can, like, laugh your ass out and think like “Dude, you are SO not awesome. Look at you, clown – go home you’re drunk!”

Of course, when I check it out and find out that you are laughing so hard, for sure you will be clearly demonstrating with this behavior that you’re acting like a fucking smart ass, and this is the moment when the magic begins…

I will give you The Look.

You see, The Look will only ask you, like “Are you sure that you figured me out… completely?”

And then you’re gonna stare at me, dazed and confused – like Zeppellin – and ask yourself like “What if this dude is like super-hiper-mega-tera-hexawesome, but I am not cool enough to realize it?”

And by the time you finish this self-questioning stuff, I will be walking away, striding towards the sunset, looking cool as fuck, wearing leather jacket, sunglasses, with explosions behind my back and shit…

 

(…)

Sobre as flores…

 

 

Nada mais belo e diverso do que as flores. Um extenso jardim é uma dádiva cuja classificação não pode ser menos que divina.
No atual estágio do mundo, no entanto, até mesmo a beleza clássica de um jardim precisa de um leve esforço da mente para ser compreendida – e até apreciada.

É um desejo das forças criadoras que as flores estejam ao alcance de todos, mas será que todos devem ter acesso às mesmas? Quantos de nós sabemos apreciar o sublime perfume das rosas? Quem se preocupa se a azaléia gosta mais das sombras? A quais de nós importa se a violeta não quer que molhemos suas folhas?
Com grande pesar eu observo os jardins perfeitos produzidos por alguns, outros conquistados com esmero, e vejo as pessoas à margem…
Que fazer com as pessoas à margem dos jardins? Tudo o que elas conseguem é sentir os perfumes e desejá-los com avidez. Outras nem mesmo querem conferir valor às flores; o valor intrínseco das mesmas. Todos estes não irão se conter, e se adentrarem os limites do jardim irão destruí-lo…
Não, estas pessoas não podem entrar no jardim.
Antes de possuir as flores elas devem aprender a respeitá-las. Quando através do muito observar, os reais valores de cada flor brotarem em seus corações, quando o perfume for algo mais que um simples objeto de desejo, quando as violetas forem respeitadas em seus caprichos, aí sim, as pessoas à margem dos jardins poderão entrar. Os limites irão diluir-se e todo o mundo poderá desfrutar das flores.
Mas hoje as flores não são e tampouco devem ser para todos. Pois ainda há quem caminhe por uma floresta e enxergue apenas lenha para fogueira.

Eu ‘entendo’ as pessoas…

Dr Hannibal Lecter te entende ainda melhor do que eu, não quer conversar com ele?

O que eu PENSEI enquanto ela reclamava do namorado:

Mas é claro que ele é quem tem a razão. Pense bem. Quando ele te conheceu, você tinha vinte e quatro anos, era loira e gostosa – um fetiche ambulante! Hoje, um ano depois, você tá gorda, chata e morena.
Sim, eu sei que você parou de ir à academia por causa dele, porque ele mandou você parar por ciúmes de te ver em roupas colantes e conversando com caras sarados. Sim, eu sei que quem mandou você pintar o cabelo foi ele, pra você parecer mais madura.
Mas, e daí que você deu sua vida na mão de outra pessoa? A culpa ainda é toda sua por tudo o que der errado.

Você se afastou da sua família, dos amigos, das amigas, de todo mundo, Deuses, você até parou de ir às aulas de inglês por causa do ciúmes dele! Menina, você se tornou uma propriedade, não uma namorada. Quando ele olha pra você, vê um produto dele, não uma mulher. Você é uma boneca que ele vestiu, pintou, maquiou e marcou como ele queria. Sim, ele marcou você. Não, eu sei que ele não te bateu, mesmo porque você nunca deu motivos, né? Mas e a tatuagem que você fez com o nome dele?

Dentro desse um ano que vocês estão juntos, meu anjo, você se tornou uma cópia mal-feita e mal-acabada dele, e é claro que ele não sente tesão nenhum por você, filhota – quem quer trepar com o reflexo no espelho?

Se eu acho que ele tá te traindo? Não, não acho que ele esteja traindo você. Pelo menos, não nos termos dele.Veja bem, ele vai querer outras mulheres, como todo homem, e não procurar outras mulheres só por causa de você, com sinceridade, já não soa mais como algo coerente para ele. Você é uma decoração de luxo, uma lembrança de algo que foi bom nos primeiros meses, um lembrete de como ele, mesmo sendo um humano, pode exercer forte influência sobre alguém – é um caso de complexo de inferioridade? Sim. Mas, e daí? Ele não vai deixar de transar com outras mulheres por sua causa porque seria a mesma coisa que não trepar no sofá da sala por ter vergonha que o aparelho de som os veja transando, capisce?

Então, será que ele tem alguma culpa no cartório? Sim, deve ter, mas o mais interessante é que TUDO teve seu aval. Você se anulou perante ele. Ele pediu aos poucos pra você ir matando a mulher pela qual ele se apaixonou, e você a matou lentamente, cada vez que cumpria mandos e desmandos dele. É claro que o brilho nos seus olhos foi morrendo, você foi engordando, seu cabelo ficou escuro e sua Vida, mais solitária.

Você me pergunta se ele te conhece? Acho que não, e acho que ele não quer mais te conhecer. Você é a ‘mulherzinha’ dele. É pros teus braços que ele volta depois de foder com as piriguetes, depois do porre, depois do trabalho cansativo no fórum…

Mas dizer que todas essas coisas você fez por Amor, ah, vai se foder, meu anjo! Você mesma esperava algo bem maior do Amor antes de conhecer esse cara, e nós bem sabemos. Sim, pois até mesmo aquele amor de conto-de-fadas, hipócrita e sem metrô lotado ou Imposto de Renda pra ser pago, ainda assim, esse amor sacal de princesas Disney é melhor que essa merda na qual você ta vivendo afogada até o pescoço…

E por fim, deixa eu dizer que não acho você burra não. Porque conheci MUITA gente burra por aí, mas todas essas pessoas tinham uma vida amorosa melhor que a sua – pelos Deuses, até melhor que a minha própria vida amorosa.

Eu te acho fraca; aí sim. Mas não que você SEJA fraca, apenas ESTÁ fraca.

Minha opinião geral? Eu quero mais que você se foda. E ele também. Sim, porque nem na minha PIOR depressão eu tive a brilhante idéia de que me isolar de tudo e de todos iria me ajudar. Mas a Vida, essa imbecil, há de te dar uma nova chance, com Fé em Deus!

Nada pessoal, apenas queria ver esse mundo livre de gente como você, meu amor…

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O que eu DISSE enquanto ela reclamava do namorado:

Hmmmmm… Enteeeeendo…

(…)

“Happy Hour”

 

[…]

Reunião pós-expediente e a chefe, trêbada, vai conversar com um dos funcionários da repartição…

Ela: E aíííí… Gostando da festinha?

Ele: Não. Não me dou bem em círculos sociais obrigatórios – de fato eu os odeio. Mas estou sem criar atritos com ninguém. O índice de problemas e exageros hoje parece-me que será baixo…

Ela: Nossa, que mau humor! Você tá sempre tão sorridente, achei que iiiiiia se divertir mais hoje…

Ele: Achou é? Que bom que me achou sorridente… Sabe, agora fiquei realmente feliz!

Ela: Aaaaaaaah é? Porquê?

Ele: Se consegui convencer a líder dos macacos, os símios abaixo dela serão fáceis de enganar.

Ela: Eeeeeeeeei! Como você fala assim? Tá duvidando de eu que eu sou esperta? Acha eu que eu cheguei naonde tô sendo burra?

Ele: Jamais! Eu acho você inteligente, juro. Só não cometa o erro de comparar-se a mim,ma chérie…

Ela: Amanhã eu vô lembrá disso tudo!

Ele: Não vai não…

O funcionário chama o dançarino gostosão, coloca uma nota de $20 na cueca dele e fala no ouvido do cara:

-Derruba essa mulher de tequila.

Sai andando, paga a conta e sorri cínico acenando pra todo mundo, enquanto vai embora. Um sujeito bate no braço do outro e aponta o Funcionário:

-Esse maluco, faça chuva ou faça sol, tá sempre sorrindo. Admiro gente assim…

[…]

The Mentalist.

 

Repare bem; se o boteco é comprido e não tá lotado, o meio fica vazio. Lá pro fundo vai o pessoal da algazarra e os casais que querem dar uns amassos mais nervosos. Na frente, fica o povo que tá com uma galera maior e que quer aparecer pros amigos que vem ainda pro bar, e facilitar de serem encontrados.

Numa dessas manhãs de outono em Sampa, ela desceu de manhãzinha do seu apê e foi pra esse bar-imenso-que-nunca-está-cheio pra ler um pouco, já que em casa a palavra ‘Paz’ tinha sumido até do Dicionário (casa não, república, tá explicado?)

Sentou-se lindamente no meio do bar e abriu seu livro, enquanto os chineses donos de lá, acostumados com esse seu hábito, continuaram arrumando o boteco sem perguntar o que ela iria beber. E tudo correu perfeitamente por 4 horas…

…Aí chegou o casal e, ignorando a regra do bar-imenso-que-nunca-está-cheio, resolveram sentar-se na mesa ao lado dela.

Casais apaixonados não a faziam ficar com nojo. ‘Eu sou poeta, pô!’ dizia ela, e na verdade casais apaixonados a inspiravam. Mas esse casal aí tava na época do chove-não-molha antes de virar relacionamento de verdade, manja? Beijos tímidos e muito sorriso por nada. As risadinhas tavam enchendo o saco dela. O tempo de ler uma página tava durando o dobro. A concentração tava descendo o nível vertiginosamente, e ela começou a observar os dois de soslaio…

Pegaram um livro os dois, e liam um trecho. O moço lia e a moça falava alguma coisa. Riam. Era a vez dele rir e ela falar alguma coisa. Riam. Meia hora nisso, resolveram virar pra ela e perguntar alguma coisa. Ela respondeu ‘Hã?’ e a moça chegou mais perto pra perguntar:

-Não é sexto sentido?

-O quê?

-A gente lê uma frase do livro, e o outro termina com algo parecido com o que já tá escrito, mesmo sem ter lido o livro…

-Ah, deve ser, né? *pausa de 30 segundos pra acumular veneno* Olha moça, com um par de peitos desse você não tinha que enrolar tanto. E você cara, a mina tá na sua, vai esperar ela tropeçar e cair pelada no seu colo? Mas se eu tivesse com vontade de dar para/comer alguém gostosinho eu também ia inventar dessas paradas de sexto sentido e química-a-dois, Mediunidade, Adivinhação igual vocês tão fazendo. É tipo The Mentalist… Já assistiu The Mentalist?

O casal olha pasmo pra ela por não mais que 5 segundos. Depois desse tempo, a moça morde os lábios, pisca pra ele e aponta a porta da rua com os olhos. Ele pega na mão dela, meio com força e a levanta. Os dois saem pra pagar a conta, e a menina do casal põe a mão no ombro dela enquanto vai passando, se inclina um pouco e fala em seu ouvido ‘Obrigada querida…’ depois vão embora os dois…

A leitora fecha o livro e pensa ‘fui ser estúpida, e acabei fazendo um favor? Essas merdas só acontecem em Sampa!’ e começa a chamar o garçom (único brasileiro trabalhando no lugar):

-Freitas! FREITAAAS! Me traz aquela porção de torresmo. E aquela cerveja irlandesa estúpida…

Comia torresmo uma vez ao ano e ia ser hoje. Torresmo lhe alivia as idéias…

Mesa 42.

-E aí, foi massa?

-Foi…

-Que ‘foi’ mais murcho!

-Ah, foi… Só foi, pô.

-Ela caiu naquela do papel de depósito?

-Caiu… Ô Mário, dela eu tô gostando, velho, nem começa…

-Falei nada. Ainda. Mas vem cá, a Lalinha sabe que você tava de tchãnãnã com a Sandra?

-Jamais! Sandra passa em casa hoje, pega as roupas e deixa a chave no criado-mudo… Terminou de boa, na amizade, coisa rara…

-Meno male…

-AI CARALHO!

-Que foi?

-Deixei o papel do depósito em cima do criado-mudo!

-Vixi, fudeu…

Toilet talk na mesa.

 

Sandra: E aí menina, é tudo grande?

Lalinha: Então… É sim, viu?

S: Grande quanto, menina?

L: 7 dígitos!

S: Hein? A gente tá falando da mesma coisa?

L: Tinha um papelzinho de depósito no banco do carro pra um ‘brother’, com 7 dígitos Sandrinha!

S: Nossa, e você disse que ele tinha maior cara de lascado… Mas, me fala, e o resto, é grande?

L: 2 dígitos… (Fez cara de muxoxo)

S: Que peeeeena, Lá! Mas fez feio?

L: 2 dígitos depois do 20, menina *gargalhada* e faz tudo direitinho… Superatencioso, supercarinhoso…

S: Sei, sei… *Engole um mojito num gole*

L: *Começa a choramingar* Aaaaaiii, tô com medo de estragar tudo! Homem bom assim, todo humilde, gente fina… Ele é tão de boa com a grana dele que anda de Chevette por aí…

S: Peraí… Chevette?